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LIVRO

Vivien Leigh. Bissexual e adúltera

por Diana Garrido
24.08. 2010

"Damn You - Scarlett O''Hara" é o nome da nova biografia sobre a actriz que sai ainda este ano nos EUA

Que se comportava como uma diva, toda a gente sabia. Que tinha ataques de mau génio nos bastidores dos filmes, que gritava e esperneava, também não era segredo. Agora, com a publicação de uma nova biografia "Damn You - Scarlett O''Hara", o público ficará a saber que a actriz de "E Tudo o Vento Levou", era bissexual, adúltera, com uma especial predilecção por jovens prostitutos e que sofria da doença bipolar, com episódios maníaco depressivos desde os 20 anos.

O livro, que será publicado ainda este ano nos EUA, é, segundo os seus co-autores - Darwin Porter, amigo da actriz nos anos 60 e Roy Moseley, assistente pessoal do marido da actriz, Laurence Olivier - o primeiro a revelar a identidade das amantes de Leigh.

Segundo o jornal britânico "Daily Mail", o livro conta que o casamento da actriz com Laurence Olivier era "apenas de fachada" e que ambos eram "repetidamente infiéis".

Para além de amantes como Marlon Brando, Rex Harrison e a actriz Isabel Jeans, a primeira de três mulheres com quem terá tido casos, Vivien Leigh gostava de ter sexo com jovens desconhecidos que contratava na "Scotty''s Garage", uma (única) bomba de gasolina com 22 empregados jovens e bonitos. A actriz pagava o sexo com pequenos presentes, como cigarreiras e jóias.

Para além dos repetidos casos fora do casamento, "Damn You - Scarlett O''Hara" revela que a actriz era bipolar e que "se hoje há medicamentos que ajudam a controlar as crises, naquele tempo a maioria das pessoas não sabiam como lidar com uma mulher que arrancava a roupa do corpo para em seguida sair a correr de casa".

Para sempre Scarlett
Vivien Leigh nasceu em 1913, na Índia, em Darjeeling, então colónia britânica e foi criada num colégio de freiras. Apesar de toda a família esperar que casasse com um respeitado advogado, Leigh, indomável desde pequena, mesmo antes da manifestação da doença aos 20 anos, decidiu que a sua vida seria diferente.

Aos 15 anos foi resgatada de Paris pela mãe, onde se pavoneava em trajes Chanel para deleite dos olhares masculinos mais velhos. Aos 19 casou mesmo com um advogado e teve uma filha, Suzanne. Mas passado pouco tempo do nascimento da criança, Vivien decidiu trocar a vida familiar pela representação.
A sua beleza chamou a atenção de um jovem (e também casado) actor, Laurence Olivier. O romance dos dois foi uma espécie de conto de fadas para o público: eram jovens, famosos, bonitos e estavam apaixonados. Mas a verdade é que "Vivien adorava torturar Olivier arranjando vários amantes, que iam aumentando à medida que a doença dela se agravava", conta a biografia. Quando os respectivos divórcios saíram, o casal sensação casou-se. A custódia da filha de Vivien ficou com o ex-marido.
Profissionalmente, a carreira da actriz britânica ia de vento em popa. Em 1939 ganhou o Oscar de melhor actriz com a sua interpretação de Scarlett O''Hara, uma mulher estouvada, apaixonada e com acessos de mau génio de "E Tudo o Vento Levou" e mais tarde com o filme "Um Bonde Chamado Desejo", ao lado de Marlon Brando.

Em 1960 divorciou-se de Laurence Olivier, que a trocou pela comediante Joan Plowright, 22 anos mais nova. Vivien Leigh, para sempre Scarlett O''Hara, morreu em 1967, aos 53 anos, vítima de tuberculose.
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